LOCAL - PRAÇA DA MAÇONARIA - MANGAL
BIOGRAFIA
Com apenas 14 anos Joaquim Gonçalves Ledo partiu para estudar em Coimbra, Portugal. Retornou ao Brasil em 1808, devido à morte de seu pai. Liberal e dotado de forte patriotismo, Ledo havia sido iniciado na maçonaria.
Embora a independência fosse o desejo da maioria dos brasileiros, havia muitas divergências entre eles. O "partido brasileiro", apoiado pela aristocracia rural do sudeste, queria a criação de uma monarquia dual, para preservar a autonomia administrativa e a liberdade de comércio. Os liberais radicais, comandados por Gonçalves Ledo, contavam com as camadas populares urbanas e buscavam não apenas a independência, mas também a democratização da sociedade brasileira.
Para resistir às ameaças de recolonização, foi decretada, em 16 de fevereiro de 1822, a convocação de um Conselho de Procuradores Gerais das Províncias do Brasil. Nele, Gonçalves Ledo propôs a convocação de uma Assembléia Constituinte eleita pelo povo.
Em maio de 1822, dom Pedro determinou que qualquer decreto das Cortes de Lisboa só poderia ser executado no Brasil mediante o "Cumpra-se" assinado por ele. Enquanto isso, Gonçalves Ledo e outros pedem ao príncipe regente a convocação de uma Assembléia Constituinte. O príncipe acatou a sugestão e decretou a sua convocação em junho de 1822.
José Bonifácio foi obrigado a aceitá-la, mas propôs a eleição indireta, que acabou prevalecendo contra a vontade dos liberais radicais, que defendiam a eleição direta dos constituintes. Em 7 de setembro de 1822, dom Pedro rompeu definitivamente com Portugal e em 1 ° de dezembro do mesmo ano tornou-se o primeiro imperador do Brasil.
Em 1835, Ledo consta entre os Deputados da Assembléia Provincial do Rio de Janeiro, mas neste mesmo ano abandona a política e a Maçonaria, indo recolher-se em sua fazenda, a Sumidouro, no município de Macacu, vindo a falecer, com 66 anos de idade, aos 19 de maio de 1847, de ataque cardíaco.
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