BIOGRAFIA
Nasceu em 11 de fevereiro de 1900 na Província de Ishikawa , Japão, e era o filho mais novo de uma família numerosa. Seu pai, Jinshiti, estava com 44 anos e sua mãe, Sue, com 39. Durante a infância chamava-se Jin-iti, depois mudou seu nome para Jogai e mais tarde para Jossei .
Quando Toda tinha dois anos, sua família viu-se obrigada a abandonar o comércio marítimo e a buscar uma nova vida na vila pesqueira de Atsuta, em Hokkaido, crescendo numa casa simples de madeira.
O menino esguio e magro possuía uma inteligência e percepção aguçadas. Demonstrava grande inclinação para os estudos e era particularmente hábil em álgebra. Em 1914, concluiu com honra o curso na Escola Atsuta, porém devido às dificuldades financeiras foi obrigado a interromper os estudos e a trabalhar para ajudar no sustento da família.
Aos quinze anos, começou a trabalhar em uma companhia de vendas de roupas, papelaria e miudezas por atacado e, com muita dificuldade conseguiu estudar. Dois anos depois, apesar de não possuir curso superior, passou nos exames que lhe davam crédito para professor assistente primário. Aos dezoito anos, iniciou formalmente sua carreira na Escola de Ensino Fundamental de Mayati, na desolada região de minas de carvão de Yubari
Aos dezenove anos ele se despede de seus pais e parte para Tóquio. Na capital, encontra um educador de idéias admiráveis e começa a trabalhar com ele. Essa pessoa era Tsunessaburo Makiguti, a quem Toda adotou como seu mestre.
Mais tarde, em junho de 1928, Toda e Makiguti foram apresentados ao budismo de Nitiren Daishonin pelo diretor da Escola Comercial Mejiro. Ao se aprofundarem no estudo e na pesquisa do budismo, encontraram nele a expressão última da filosofia humanista de valor por eles defendida.
Em 18 de novembro de 1930, Toda e Makiguti publicaram o primeiro volume de Sistema Pedagógico de Criação de Valor (Soka kyoikugaku taikei em japonês). Posteriormente, essa data foi estabelecida como a fundação da Soka Kyoiku Gakkai (literalmente Sociedade Educacional de Criação de Valores), uma sociedade leiga voltada para o exercício do aprimoramento humano, predecessora da Soka Gakkai .
Em 1937 a organização atinge a meta de 500 famílias associadas. Makiguti é nomeado presidente e Toda, diretor-geral . Com o início da Segunda Guerra Mundial e a entrada do Japão nesse conflito, todos os cidadãos foram obrigados a abraçar o xintoísmo que doutrinava o povo a devotar a vida ao Imperador. Makiguti e Toda, como principais líderes da Soka Kyoiku Gakkai, começaram a sofrer crescente pressão do Estado xintoísta e, em 6 de julho de 1943, foram presos e encaminhados para o Centro de Detenção de Sugamo acusados de violação às leis de Preservação da Paz e de Segurança Nacional , por sustentarem posições consideradas intransigentes, defendendo o antimilitarismo e, sobretudo, a liberdade religiosa.
Em decorrência da idade avançada e da desnutrição, Makiguti faleceu na prisão aos 73 anos, em 18 de novembro de 1944. Extremamente doente, Toda foi libertado em 3 de julho de 1945, um mês antes do cessar-fogo.
O nome Soka Kyoiku Gakkai foi mudado para Soka Gakkai (Sociedade de Criação de Valores) refletindo a determinação de Toda de que a nova organização deveria transcender os objetivos puramente educacionais, engajando-se de forma mais ativa no campo da cultura e tendo como objetivo básico a promoção da paz mundial.
Em 3 de maio de 1951, Toda torna-se o segundo presidente da Soka Gakkai, edifica organizações, realiza palestras por todas as partes do Japão, orienta os membros sobre diversos assuntos e faz visitas às famílias.
Em 28 de abril de 1952 publica o Gosho Zenshu (Coletânea dos Escritos de Nitiren Daishonin). E no mesmo ano, em 27 de agosto, a Soka Gakkai é reconhecida oficialmente pelo governo japonês como uma organização religiosa .
Em 1957, devido aos esforços do presidente Toda de reconstruir a organização, o número de associados ultrapassou 765 mil famílias. Nesse ano foi realizado um evento esportivo, onde Toda proferiu sua “Declaração pela Abolição das Armas Nucleares” , deixando nas mãos dos jovens toda a responsabilidade pela sua abolição.
Em 16 de março de 1958, Jossei Toda liderou pela última vez uma atividade e em 2 de abril daquele ano, às 18:30 horas, Jossei Toda faleceu, aos 58 anos de idade.
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