JD GUADALAJARA
Lituânia (em lituano Lietuva), oficialmente República da Lituânia (em lituano Lietuvos Respublika), é uma das três repúblicas bálticas. Limita a norte com a Letônia, a leste e a sul com a Bielorrússia, a sul com a Polônia, a sul e a oeste com o enclave russo de Kaliningrado e a oeste com o Mar Báltico. Sua capital é a cidade de Vilnius, no leste do país. Outras cidades importantes são Kaunas e Klaipėda. É um dos países-membros da União Europeia (UE).
Mencionada pela primeira vez a 14 de Fevereiro de 1009, a Lituânia cresceu até se tornar numa nação relevante na Idade Média. Considera-se que a data de constituição do estado é a da coroação oficial do rei Mindaugas, a 6 de Julho de 1253 em Voruta/Vilnius, que uniu os duques lituanos rivais numa nação e estado. Em 1241 de 1259 de 1275 e 1277 o reino foi alvo de reis mongóis vindos da Horda de Ouro. Em 1385 uniu-se à Polónia em união pessoal quando o rei lituano Jogaila (Jagiello, em idioma polaco) foi coroado rei da Polónia. Em 1569, a Polónia e a Lituânia formaram a Comunidade Polaco-Lituana. Com a união com a Polônia, a Lituânia transformou-se num reino independente e multi-étnico que na sua máxima extensão, no século XV, ocupou a maior parte da Europa de Leste desde o mar Báltico até ao mar Negro. Esta união manteve-se até às partições da Polónia em 1795, quando a própria Lituânia foi anexada pela Rússia Imperial.
A Lituânia restabeleceu a sua independência a 16 de Fevereiro de 1918. Em seguida, envolveu-se em disputas territoriais com a Polónia (acerca da capital, Vilnius, e da Lituânia Oriental então ocupadas pelos polacos) e com a Alemanha (acerca de Klaipėda). Foi anexada pela União Soviética em 1940 durante a Segunda Guerra Mundial graças a um pacto secreto germano-soviético assinado pelos ministros dos negócios estrangeiros dos dois países, Ribbentrop e Molotov (Pacto Molotov-Ribbentrop).
O período socialista terminou depois da chegada da glasnost e a Lituânia, liderada pelo movimento pela independência Sajūdis, anticomunista e anti-soviético, proclamou a independência a 11 de Março de 1990. Foi a primeira república soviética a fazê-lo, embora as forças soviéticas tivessem sem sucesso tentado suprimir a revolta independentista até Agosto de 1991, o que iria levar ao desmembramento da própria União Soviética. As últimas tropas russas saíram do país a 31 de Agosto de 1993 — antes mesmo que da Alemanha Oriental.
A 4 de Fevereiro de 1991, a Islândia tornou-se o primeiro país a reconhecer a independência da Lituânia e a Suécia foi o primeiro país a abrir uma embaixada no país. Os Estados Unidos e vários outros países ocidentais nunca reconheceram as reivindicações da URSS sobre a Lituânia.
A Lituânia foi admitida nas Nações Unidas a 17 de Setembro de 1991. A 31 de Maio de 2001, o país tornou-se o 141º membro da Organização Mundial do Comércio. Desde 1988, a Lituânia tem procurado estreitar os laços com o ocidente e a 4 de Janeiro de 1994 tornou-se o primeiro estado báltico a pedir a entrada na NATO, sendo convidada a iniciar as negociações a 21 de Novembro de 2002 e tornando-se membro de pleno direito a 29 de Março de 2004. A 1 de Fevereiro de 1998, o país tornou-se Membro Associado da União Europeia, a 16 de Abril de 2003 assinou o Tratado de Adesão à UE, a 11 de Maio de 2003 91% dos eleitores aprovaram em referendo a adesão à União e a 1 de Maio de 2004 tornou-se membro da UE, regressando ao velho objetivo proclamado em 1254 pelo rei Mindaugas de se tornar parte do ocidente e da Europa.