VL JARDINI
BIOGRAFIA
Evaristo Ferreira da Veiga e Barros (Rio de Janeiro, 8 de outubro de 1799 — Rio de Janeiro, 12 de maio de 1837) foi um poeta, jornalista, político e livreiro brasileiro. Autor da letra do hino da independência (1822) com o título de Hino constitucional brasiliense.
Estudou no Seminário de São José, que deixou para trabalhar na livraria do pai, e mais tarde montou a própria livraria. Era o segundo dos três filhos do casal luso-brasileiro, um professor régio de primeiras letras na freguesia de São Francisco Xavier do Engenho Velho, o português Francisco Luís Saturnino Veiga, que chegara ao Brasil aos 13 anos e foi soldado miliciano na paróquia de Santa Rita, no Rio de Janeiro, comerciante de livros e pesquisador, e de sua esposa, a brasileira D. Francisca Xavier de Barros.
Teve grande influência do pai e destacou-se como estudante no Rio de Janeiro. Aprendeu francês, latim, inglês, cursou aulas de retórica e poética e estudou filosofia e adquiriu interesse por jornalismo ao visitar as oficinas da Impressão Régia, nos porões do palácio do conde da Barca. Sem condições de partir para a Universidade de Coimbra, cobriu seu interesse de aprender, lendo em primeira mão os livros que seu pai trazia da Europa para comercializar na livraria.
Projetou-se na vida nacional com sua participação no jornal bissemanal Aurora Fluminense, lançado ainda na época de D. Pedro I (1827), no qual chegou a ser redator único. A publicação, prestigiada pela seriedade, tratava de temas essencialmente políticos, como a defesa da liberdade constitucional, do sistema representativo e da liberdade de imprensa, além das críticas ao autoritarismo de D. Pedro I, mas mantendo uma posição de equilíbrio durante as crises que precederam a abdicação do imperador.
Elegeu-se (1830) deputado por Minas Gerais, província que embora defendesse por mais dois mandatos, só conheceria seis anos depois (1836). Apesar da atividade política, não modificou os hábitos, continuando livreiro, nem utilizando sua participação na imprensa para promoções pessoais.
Com a vitória liberal, Evaristo da Veiga desenvolveu intensa atividade política e apoiou a lei de junho (1831) que regularizou a situação da regência. Destacou-se como um dos principais membros da Sociedade Defensora da Liberdade e Independência Nacional, de grande influência na época. Apoiou o governo de Feijó, onde se tornou, consensualmente, chefe do Partido Moderado, os chimangos, em oposição ao Restaurador, os caramurus.
No auge de sua divergência com os Andradas, foi vítima de atentado (1832) cujo autor se disse contratado por um correligionário de José Bonifácio. Concentrou seus esforços na elaboração do ato adicional (1834) e viu vitoriosa sua tese segundo a qual só à Câmara dos Deputados, e não ao Senado, cabiam atribuições constituintes. Patrono da cadeira nº 10 da Academia Brasileira de Letras, morreu no Rio de Janeiro RJ, com apenas 37 anos de idade
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